CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

DECEA atua para monitoramento de drones durante o BRICS

O DECEA é também responsável por analisar e aprovar as solicitações de voos de drones de órgãos públicos por meio do Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro por Aeronaves Não Tripuladas
Publicada em: 05/07/2025 21:16
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Fonte: DECEA, por Daniel Marinho
Edição: Agência Força Aérea, por Ten Scarlet

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) participa, desde o dia 02/07, de um esforço conjunto para detectar e coibir o uso irregular de drones durante a Reunião de Cúpula do BRICS. A operação segue até o próximo domingo 07/07, em parceria com a Secretaria de Estado de Polícia Militar (SEPM), o Departamento de Polícia Federal (DPF) e o Exército Brasileiro.

Militares do Subdepartamento de Operações do DECEA e do Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste (CRCEA-SE) estão atuando diretamente no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) da SEPM, que concentra as principais ações de segurança do evento. O órgão fornece informações sobre os voos de drones previamente autorizados e dá suporte técnico à Sala Master de Comando e Controle.

O trabalho conta com o apoio dos equipamentos da Central de Monitoramento Anti-Drones (CMA) da Polícia Federal, que permitem detectar aeronaves não tripuladas irregulares, a localização dos pilotos remotos e a identificação dos drones, incluindo modelo e número de série. Com essas informações, as equipes de campo realizam abordagens e fiscalizações, aplicando as sanções previstas em caso de violações ao tráfego aéreo.

O DECEA é também responsável por analisar e aprovar as solicitações de voos de drones de órgãos públicos por meio do Sistema de Solicitação de Acesso ao Espaço Aéreo Brasileiro por Aeronaves Não Tripuladas (SARPAS). Essa ferramenta também serve de base para o planejamento das Zonas de Restrição de Voo (FRZ) nas áreas sensíveis.

De acordo com o coordenador da equipe do DECEA Tenente Especialista em Tráfego Aéreo, Leandro Claro dos Santos, o planejamento do monitoramento de drones no BRICS segue o modelo utilizado na Cúpula do G20, realizada no Brasil em 2024. “O Ministério da Defesa orientou que mantivéssemos o padrão do G20, pois o sistema funcionou bem.

Até o momento, cerca de 170 solicitações de voos de drones foram negadas ou revogadas para o período da Cúpula do BRICS. O número já supera os registros do G20, quando foram barradas 130 operações. O DECEA avalia que o aumento das restrições, aliado às campanhas educativas e à divulgação de informações, tem contribuído para o baixo número de drones irregulares sobrevoando os locais do evento.

A atuação prática do DECEA em grandes eventos permite avaliar o funcionamento das regras e identificar pontos de melhoria. “Observar o que acontece em campo é essencial para o aprimoramento da regulamentação do setor no Brasil”, explicou o Tenente Claro.

O trabalho conjunto das Forças de Segurança e dos órgãos de fiscalização segue até o encerramento da Cúpula, com o objetivo de garantir a segurança de chefes de Estado, delegações e da população. “Esse tipo de cooperação potencializa os resultados e reforça a segurança do evento”, concluiu o Oficial.

Foto: DECEA